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Astarte, muito prazer.

  • Foto do escritor: Astarte ✷
    Astarte ✷
  • 24 de jul.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 6 de set.


coração centralizado com harness envolto por vários acessórios de fetiche flutuando. Com as palavras "Astarte, muito prazer"

Eu sempre soube que era uma putinha.


Mesmo antes de qualquer experiência sexual, eu sempre soube que tinha desejos diferentes dos meus pares. Descobri o auto prazer bem cedo. Observava com atenção a descrição científica do meu órgão genital em um dicionário enorme, me comparava ao desenho das páginas coloridas de anatomia humana, tocava cada dobra e monte buscando entender esse corpo de carne e sangue e prazer inexplorado. E explorava meu próprio corpo como uma cientista dedicada, cada pedacinho de pele era um mapa ainda indescrito pela cartografia. Me admirava no espelho, brincava de ultrapassar meus próprios limites, criava fantasias indizíveis na privacidade do meu quarto.


Ainda adolescente, conheci o BDSM sem saber nenhuma sigla ou nome, nenhum fetiche declarado, nenhum horizonte para onde seguir. Éramos apenas jovens descobrindo a liberdade, consumindo a carne um do outro, famintos, nos devorando como animais de garras e dentes afiados em qualquer oportunidade. Fui moldada por mãos firmes, totalmente entregue aos sentidos e sensações provocadas por quem, depois de muito tempo, entendi como meu primeiro Dom.


Nessa mesma época descobri Verônica Volúpia, a quem faço uma ode nessa coluna. Verônica me abriu um mundo de fantasia e prazer até então desconhecidos. Seus contos eróticos recheados de delícias, fetiches e autoaceitação lapidaram minhas próprias experiências posteriores. Através dessa literatura, e depois de muitas outras, me entendi em um contexto kink, descobri o mundo do BDSM, aprofundei estudos na área e finalmente me encontrei na minha essência.


Depois de muitos relacionamentos baunilha, muitos anos tentando explorar esses desejos sem encontrar quem se dispusesse a explorar junto comigo, em 2016 decidi que sozinha iria me jogar de cabeça e encontrar um parceiro à minha altura. Em aplicativos encontrei dominadores que me ensinaram na prática a dor e o prazer de ser uma putinha safada. Brinquei muito, me entreguei de corpo e alma às práticas fetichistas e vivi, finalmente, a fantasia que sempre desejei. Em 2018 meu primeiro dono me encontrou, me encoleirou e me deu um nome. Aqui no blog da APM quero contar todas essas aventuras. Então me apresento a você, querido leitor: eu sou Astarte, muito prazer.


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